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Inovação disruptiva: tecnologia criada em Santa Catarina emite laudo esportivo com análise das impressões digitais

A empresa que desenvolveu esta tecnologia é residente do Polo Inovale, o Centro de Inovação do Vale do Rio do Peixe, em Joaçaba. “Fomos a primeira empresa a passar no edital do Polo, o que nos trouxe muitos benefícios e oportunidades. O Centro gera crescimento, nos fornece treinamentos e promove a construção de rede de relacionamentos com empresários e outros Centros. Todo este processo construído nos auxiliou a estarmos no patamar atual”, comenta Rudy José Nodari Júnior, profissional de educação física, mestre e doutor em ciências da saúde e Diretor Científico da Salus.

A história da Salus começou em 1998, quando um professor de pós-graduação recém-chegado da Rússia, apresentou um método de observação das impressões digitais como marca da individualidade biológica. Na época o processo era feito utilizando a impressão das digitais com tinta em um papel e a observação com uma lupa. A partir daí um profissional altamente qualificado observava os padrões matemáticos existentes na impressão digital, transcrevia para uma planilha e fazia observações de associações entre os padrões encontrado e os padrões dos bancos de dados para fazer recomendações para orientação de talentos e a prescrição para treinamento desportivo.

O desafio de informatizar e entender a tecnologia do processo foi liderado por Rudy e Alexandre Heberle, Diretor de Tecnologia de Informação, analista de sistemas com pós em engenharia de software. “A partir daí começamos a idealizar a empresa e demos início a construção de um algoritmo a partir de um método chamado dermatoglifia. A validação de todo o sistema foi defendida na minha tese de doutorado”, relembra Rudy.

A empresa conseguiu fomento da FAPESC, no programa Sportechs SC, que apoia iniciativas que promovem inovação no esporte. A pesquisa para criar um banco de dados com excelência desportiva envolveu viagens a 23 países para coletar impressões digitais de atletas que são destaque em esportes como futebol, judô, handebol, basquete etc. Também foram realizadas pesquisas relacionando capacidades físicas e as marcas nas impressões digitais dos atletas.

A partir da coleta das 10 digitais dos dedos das mãos, o software realiza combinações matemáticas complexas fazendo associações entre os dados coletados, os bancos de dados e as publicações científicas ao redor do mundo. A partir daí é possível observar quais pessoas tem mais potencial para velocidade, coordenação motora, agilidade, por exemplo. “Nos laudos para o futsal e para o futebol de campo, temos publicações científicas que mostram mais de 90% de assertividade. Estes artigos foram aprovados no Isokinetic and FIFA Medical Centre of Excellence Conferece”, relata ele.

O software também já foi utilizado para promover o aumento da produtividade, rendimento e índice de qualidade na indústria de proteína animal. “A partir do Método Salus, avaliamos a potencialidade que o colaborador tem para estar naquele setor. Na mesa de desosse de coxa, por exemplo, nós aumentamos e expectativa de produção em 124 toneladas por ano quando direcionamos os indivíduos a partir da análise da individualidade biológica”, exemplifica.

Individualidade biológica

O princípio da individualidade biológica se refere às características individuais que diferenciam as pessoas de acordo com as informações biológicas que iniciam na fecundação e que seguirão por toda vida. Com base nesse princípio, podemos entender que cada organismo reage de maneira diferente a um mesmo estímulo aplicado, necessitando de adaptações específicas. As Soluções da Salus conduzem, de forma mais assertiva, cada pessoa à sua melhor versão.